Uma dádiva voluntária

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A vinda do Senhor Jesus, na chamada plenitude dos tempos, depois de um período interregno de, pelo menos, quatrocentos anos, no qual não houve profetas da parte de Deus, embora muitos sacerdotes e religiosos seguissem nos rituais do Templo, chama a nossa atenção pela voluntariedade do Altíssimo para conosco.

Em João 8:42, lemos: “Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse. de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de me amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.” Gosto também de uma versão que diz “não vim de modo próprio”, referindo-se a Ele ser dádiva de Deus para os homens. Nesse capítulo de João, Jesus, depois de perdoar a mulher adúltera, apresenta-se como a luz do mundo e defende a sua missão e autoridade. Ele se refere a si mesmo como o Eu Sou e discorre sobre a posição de Abraão e a dele. Por duas vezes encontramos que eles queriam prendê-lo e apedrejá-lo, mas Ele saiu do templo e ocultou-se, pois não era chegada a hora de Sua morte.

Aprendemos, assim, que a dádiva da salvação foi voluntária: Jesus se entregou para morrer pelos nossos pecados, derramando seu sangue na Cruz do Calvário. Como cristãos, aprendemos com nosso Mestre o significado do que é ser voluntário e a paixão por servir ao próximo. Encontramos em Mateus 10:8 “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí.” Com a ajuda do Espírito Santo, nós somos chamados a servir e a amar ao próximo, pois esta é a tarefa prática que Ele nos ensinou: sermos sal da terra e luz do mundo. Mais ainda, apóstolo Paulo diz que somos embaixadores do Reino dos céus e devemos nos portar assim, ou seja, acolher, ajudar e abençoar todos que nos cercam.

Encontramos em Lucas 6.45: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem. e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” Isso nos mostra a diferença entre o bem e o mal. Em uma sociedade egocêntrica, individualista, cheia de maldade e maledicência, aqueles que se enchem do Espírito Santo são abençoados e abençoam aos outros, fazem o melhor para criar um ambiente bom, de paz, de dignidade humana.

Esse é um desafio para nós neste novo ano – início de uma nova década com muitas interrogações -, mas sabemos em quem temos crido e estamos certos de que Ele é poderoso para guardar nosso tesouro até o dia final. Nosso tesouro é nossa alma, nosso espírito, nossa fé, nossa esperança, nosso amor pelo Senhor e pelo nosso próximo.

Vivamos um dia de cada vez, na prática do bem!

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